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Sindifato denuncia terceirização do Serviço de Logística de Medicamentos no Estado

Em setembro deste, ano os farmacêuticos hospitalares do Tocantins foram surpreendidos pela notícia de terceirização do serviço de farmácia e logística dos hospitais. Este fato aconteceu logo após a visita de pessoas que se identificaram apenas como pertencentes a uma empresa especializada e que estaria avaliando o serviço de farmácia e logística da secretaria de saúde para um processo licitatório que iria ocorrer em alguns dias.

Todos ficaram preocupados com a notícia e a mesma se espalhou rapidamente, inclusive entre outros setores das Unidades hospitalares como o setor de insumos.

Na sede da secretaria de saúde algumas pessoas estavam cientes da informação, porém não souberam dar maiores detalhes do processo. O Sindicato dos Farmacêuticos recebeu diversos telefonemas e e-mails denunciando o fato.

Após uma investigação no diário oficial do estado, foi encontrado no DOE n° 2719 de 25 de agosto de 2008 e DOE n° 2730 de 10 de setembro de 2008, onde constam as publicações do edital e a suspensão do mesmo edital. A primeira publicação trata da contratação de uma empresa especializada em Gerenciamento e Logística do fluxo de materiais e medicamentos adquiridos pela Secretaria de Saúde.

Esta situação é incomum e não foi debatida em nenhum fórum da saúde como conselho Estadual de Saúde e nem com as categorias envolvidas. De posse da cópia do Diário oficial, o Sindifato protocolou o Ofício/Sindifato/n° 133/2008 no Ministério Público Estadual solicitando providencias para esclarecer a necessidade de terceirizar os serviços de farmácia e logística da rede de saúde.

Farmacêutico Hospitalar

A maioria dos farmacêuticos contratados é encaminhada para os hospitais, onde os serviços geralmente são precários pelo desabastecimento de medicamentos, pois as aquisições de medicamentos são realizadas pela Sesau, não pelos farmacêuticos, o controle de medicamentos da Sesau não esta nas mãos dos farmacêuticos e sim de pessoas que desconhecem os benefícios e riscos dos medicamentos. Quando faltam medicamentos nos hospitais, os farmacêuticos são cobrados pelos gestores, porém esses mesmos gestores que tem o poder de organização dos serviços delegam à pessoas leigas (não farmacêuticos) a responsabilidade pela logística de medicamentos da Sesau.

Desta forma os serviços farmacêuticos de acompanhamento terapêutico, cálculo de dose, fracionamento, farmacovigilância, farmacoeconomia e orientações sobre uso, diluição e preparo de medicamentos são deixados de lado para “caçar” medicamentos nas demais unidades hospitalares do Estado.

 

Maria Inez Freitas Oliveira

Assessora de Imprensa - Sindifato

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