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Edgar Morin se encanta com os indígenas

A aldeia Porteira estava em festa para receber o maior ícone da filosofia mundial, Edgar Morin. Ele visitou a comunidade Xerente, no Tocantins, na manhã desta sexta-feira, 26, e foi recebido com honras, lhe deram o nome de wawekrurê e ele ficou maravilhado com a forma de vida e tradições dos clãs Xerente.

As boas-vindas foi dada pelo ancião Severiano, de 93 anos, e pelo cacique, Ribamar Xerente. Eles disseram que estavam felizes por receber pessoas vindas do outro lado do mar. “Aqui é o lugar que nascemos. Vivemos a vida que Deus nos deixou. Nós usamos esses trajes, somos seis clãs. Deus nos ensinou a viver assim, a respeitar as matas, a terra. Agora estamos investindo em educação para os nossos filhos, para que eles aprendam as coisas que não são nossas”.

Edgar Morin ficou a vontade com os indígenas, disse que aquele era a primeira aldeia que ele visitava no Brasil, fez perguntas sobre o seu modo de vida, foi batizado, viu uma representação da Corrida de Tora, danças e cantos indígenas. “Eu sou muito dedicado aos povos indígenas. Vocês devem preservar sua cultura, conservar a língua, os ritos, a dança e manter essa relação harmoniosa com a natureza. Os povos indígenas é o que há de mais sagrado para a humanidade”, disse Morin, em língua portuguesa. Ele falou dos países que têm cultura indígena e da necessidade de se ter uma fundação de ajuda às pessoas que necessitam. “Esse é um momento muito importante para mim”.

Os indígenas falaram de sua pintura, de seus significados, lhe deram paparuto – uma comida típica - para experimentar, mostram seus costumes, vestes, moradias e forma de convivência.

O professor se encantou com o que viu. Houve apresentações dos alunos da escola fundamental, dos professores e de estudantes universitários. Morin falou do seu livro ‘Os sete saberes’, recomendou sua leitura aos indígenas. “É importante a escola normal com o ensino da Matemática, mas a proposta de educação deve ser uma escola aberta, com a compreensão do viver dos povos diferentes”.

E assim se concretizou a interação dos saberes, entre Edgar Morin, doutor honoris causa por 18 universidades e os povos indígenas, os primeiros habitantes do Brasil, doutores da vida.

Visita

A comitiva de visita à aldeia foi composta por professores da Universidade Federal do Tocantins, professores do México, da França e técnicos da Secretaria da Cidadania e Justiça.

Edgar Morin veio ao Tocantins participar do Seminário Internacional – crise civilizacional: Distintos Olhares, realizado em Palmas, Tocantins, no período de 22 a 24 de junho. O evento foi promovido pelo Instituto de Pesquisa Civilizacional da França, pelo CDS – Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB, pela Fundação Universidade do Tocantins e pela Universidade Federal do Tocantins, com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cidadania e Justiça.

Fonte: Secom

 

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