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Maior instituição de ensino do norte do Tocantins vive dias de insegurança

O ITPAC/FAHESA (Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos - Faculdade de Ciências Humanas, Econômicas e da Saúde de Araguaina), maior instituição de ensino superior do norte do Estado de Tocantins, vive dias de completa insegurança. Os estudantes estão amedrontados com a onda de crimes que vem sendo cometidos dentro da Instituição.

Hoje mais um episódio dessa triste realidade pode ser constatado. E eu, acadêmico do curso de Direito (6° período) fui a vítima da vez. Hoje tínhamos prova no primeiro horário. A prova seria na nossa sala (Bloco G). Contudo, em razão da super lotação, fomos obrigados a fazer a avaliação no Bloco D. Para lá fomos todos. Até aí tudo bem. Terminada a prova, voltamos todos para a nossa sala. O professor do segundo horário já se encontrava por lá. Foi quando percebi que a minha mochila estava diferente. Faltava algo. Quando abri, a ausência do notebook me assustou. Tinham o levado. Enquanto fazíamos a prova no outro pavilhão, um criminoso furtara aquele que era o meu maior instrumento de trabalho e estudo.

Falei com colegas. Indaguei os seguranças particulares. Ninguém viu nada.

Fui à coordenação. A resposta foi: "orientamos os alunos no sentido de não deixarem suas coisas dentro da sala quando lá não estiverem.". É a confissão da ineficiência. É o reconhecimento da falha. A maior instituição de ensino superior de Araguaina reconhece que não oferece a seus alunos a segurança necessária para que estes fiquem tranquilos quanto aos bens deixados em suas mediações.

Outros casos de furtos aconteceram nos últimos tempos. Há relatos de outros notebooks furtados, livros, cadernos e outros. Esse é só mais um caso entre tantos outros que tem aterrorizado os universitários do ITPAC. O estranho, e isso não se explica, é o fato de a faculdade não fazer absolutamente nada para reforçar a sua segurança. Câmeras de vigilância? Só aquelas restritas à secretaria, tesouraria, biblioteca e reprografia. As outras áreas ficam relegadas a própria sorte. Seguranças? Ninguém ver um sequer longe da parte administrativa. É mais fácil o mundo ter acabado ontem e nos estarmos vivendo um sonho, que encontrar um único segurança fazendo a vigília do bloco G.

Mais estranho ainda é a mesma se eximir da obrigação que tem com relação aos bens deixados sob a sua guarda. Como assim? De quem é a responsabilidade? Do Dalai Lama? Do Papa? Ah, tenha a santa paciência.

Fica feio para uma instituição que quer crescer protagonizar fato tão vergonhoso.

A mim, pela perda, restam lágrimas. Ao ITPAC, pela indiferença como trata a segurança de seus acadêmicos, resta a negativa de culpa. É fácil dizer que a culpa é do outro.

 

(Daniel Lélis)

Acadêmico de Direito (ITPAC/FAHESA), militante de Direitos Humanos, colunista do jornal Atualidade

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