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Pesquisa tocantinense apresenta alternativa na produção de suínos
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O Tocantins é um Estado com grande potencial para asuinocultura e, a maioria dos produtores trabalha somente com o sistema tradicional de criação em confinamento - pocilgas ou granjas. Porém esse sistema pode trazer impactos ambientais, como, a contaminação do solo, por causa dos dejetos dos animais misturados a água.

A solução para o problema ambiental pode ser apontada por um estudo científico desenvolvido em Araguaina, região Norte, realizado pelo pesquisador da UFT - Universidade Federal do Tocantins, Gerson Fausto da Silva, doutor em Nutrição Animal. Ele considera que o clima e a vegetação do Estado favorecem a implantação de sistemas alternativos de criação de porcos.

Gerson Fausto da Silva desenvolve a pesquisa intitulada, “Avaliação dos índices zootécnicos de produção e criação de suínos ao ar livre”, contemplada pelo PPP - Programa Primeiros Projetos que é fruto de parceria do Governo do Estado por meio da Sect - Secretaria Estadual da Ciência e Tecnologia e o CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O estudo científico recebeu recursos no valor de R$ 30 mil e teve a participação de 10 estudantes de Iniciação Científica. O programa já financiou cerca de 30 projetos de pesquisas investindo aproximadamente R$ 1 milhão no Estado.

O pesquisador instalou um Siscal – Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre, que consiste na implantação de 37 piquetes, com lotes de 260 metros, numa área de um hectare. O Siscal utiliza cerca elétrica alimentada a partir de energia solar e, evita que o animal saia dos limites da área delimitada. No local foram construídas pequenas cabanas para proporcionar sombra aos porcos e bebedouros.

“Na produção ao ar livre os dejetos são absorvidos pelo solo sem poluir a natureza e, o espaço proporciona a engorda dos animais sem estresse, e assim, produzindo uma carne de melhor qualidade”, explica Gerson Fausto da Silva.

Foram avaliadas as fêmeas em período de gestação e amamentação e os filhotes depois do desmame.“Nos índices de cada animal observamos que o experimento obteve resultados iguais ou melhores em relação aos suínos criados em pocilgas”, divulga o pesquisador.

O projeto piloto se tornou vitrine tecnológica para os produtores da região Norte do Tocantins, e do Sul do Pará. Foram pesquisados 15 animais da raça Pietrain e Duroc, sendo 13 fêmeas e dois machos e, gerou uma produção de 160 leitões por ano.

De acordo com o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sect, Alan Rickson a pesquisa realizada em Araguaina é importante, pois, apresenta dados científicos sobre o desempenho do Siscal no Tocantins. “Esse sistema de origem européia mostrou ser viável do ponto de vista econômico e ecológico, no Sul do Brasil, região onde é registrada baixa temperatura. Com essa pesquisa vamos saber com exatidão sobre a adaptação do Siscal às nossas condições climáticas e as características físicas do solo”, conclui Alan Rickson.

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