Polí­tica
IstoÉ diz que "farra do dinheiro público alcançou o coração do Palácio Araguaia"
Foto: Thiago Sá
O Palácio Araguaia é a sede do executivo tocantinense | Thiago Sá
O Palácio Araguaia é a sede do executivo tocantinense

Repercutindo informações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, A revista IstoÉ afirma em matéria publicada na edição n° 2227 que a farra do dinheiro público alcançou o coração do Palácio Araguaia, sede do governo do Estado do Tocantins.

Na quarta-feira 11, o Senado cassou pela segunda vez em sua história um de seus integrantes: o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), acusado de participação no esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira. Foram 56 votos pela cassação contra 19 e cinco abstenções.

No Tocantins o prefeito de Palmas Raul Filho (PT) e o governador do Estado, Siqueira Campos (PSDB), são citados em escutas da Polícia Federal durante a investigação do caso.

Raul depôs na CPMI na semana passada e avaliou como positiva sua participação na Comissão. Sua convocação se deu após a revelação pelo programa Fantástico da TV Globo, de um vídeo em que o prefeito aparece no ano de 2004 negociando com o contraventor o pagamento do show de um cantor para a sua campanha.

Já no caso do governador Siqueira Campos, as suspeitas são de que o contraventor tenha relação com o financiamento da campanha do tucano. Segundo a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, o maior doador do PSDB tocantinense em 2010 foi o empresário Rossine Aires Guimarães, parceiro de negócios do contraventor Cachoeira, segundo a istoÉ. Em troca, o grupo ligado a Cachoeira, entre eles a empresa Delta, foi benefiada com contratação sem licitação para recapeamento asfáltico de rodovias no Estado. O valor contratado sem licitação foi de R$ 14,7 milhões.

Convocação

O vice-presidente da CPMI, deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) já declarou que o governador do Tocantins, Siqueira Campos poderá ser convocado para depor porque todas as relações que conduziram ao prefeito de Palmas conduzem, segundo ele, igualmente ao governador.

O deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ), protocolou no final de maio, requerimentos que pedem a convocação do governador e seu filho, o secretário de Relações Institucionais do Estado do Tocantins, Eduardo Siqueira Campos, para depor na CPMI. Picciani justifica em seu pedido que o relatório da Polícia Federal teria revelado que o contraventor se aproximou do governo do Tocantins com a intenção de fechar contratos entre o Estado e a Delta Construções. O governo do Estado tem se defendido afirmando ter pago apenas R$ 1,3 milhões em contrato com a Delta.

Outro que pede a convocação do governador é o deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR). Entretanto, às vésperas do recesso no Congresso Nacional, que está previsto para começar nesta próxima quarta-feira 18, líderes do Congresso avaliam que a CPI tende a perder força. A não ser que surjam futuras revelações bombásticas, segundo a revista IstoÉ.

“A pressão da opinião pública por punição deverá se reduzir”, disse um senador da base aliada, segundo a revista, que completa afirmando, que, em agosto, depois do recesso parlamentar, o Congresso volta esvaziado devido às eleições municipais.

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