Polí­tica
Halum diz que Eduardo Cunha perdeu legitimidade para presidir Câmara dos Deputados
Halum participou dos debates no Conselho de Ética
Halum participou dos debates no Conselho de Ética

Revoltados com a decisão do presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Felipe Bornier (PSD-RJ), de cancelar sessão desta quinta-feira, 19, do Conselho de Ética marcada para a leitura do relatório do processo contra o deputado e presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), deputados passaram a deixar o plenário da Casa aos gritos de “vergonha!” e “fora, Cunha!”. O vice-líder do PRB, deputado federal César Halum (PRB-TO), chegou a sair do plenário, liberar a bancada para fazer o mesmo e indicar obstrução da pauta de votações.

Para Halum ficou a impressão de que a sessão do Plenário foi marcada para atrapalhar o Conselho de Ética. O republicano fez duras críticas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha. “Todos nós parlamentares devemos dar exemplo de decoro e ética, o presidente da Câmara não tem feito isso. Além de passar por cima do Regimento Interno, está perdendo a cada dia a legitimidade de presidir. E o que o Bornier fez, orientado logicamente por Cunha, aqui não se faz”, protestou.

Denúncias

A representação contra Cunha foi apresentada pelos partidos PSOL e Rede Sustentabilidade, com base em investigações judiciais contra o deputado. O relator da representação, Fausto Pinato (PRB-SP), anunciou nesta semana que dará parecer favorável ao prosseguimento do processo. Para César Halum essa foi a decisão mais correta.

“São sérias as acusações contra Eduardo Cunha e cabe a nós deputados decidirmos se ele fica ou sai. Não podemos tapar o sol com a peneira, isso tem sujado o parlamento e deixado a população ainda mais incrédula ao Poder Legislativo. Não vou pagar pelo erro dos outros”, disse.

Nesta fase do processo, o conselho deve decidir apenas se há elementos mínimos para o prosseguimento da investigação, e não é avaliado se as irregularidades apontadas foram de fato cometidas. Cunha é acusado de ter recebido propina ligada ao esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato e de ter omitido à Câmara a existência de contas na Suíça de sua propriedade.

Voto declarado

Ao Jornal do Tocantins no último domingo, César Halum declarou sua posição a favor do afastamento de Cunha. “Se o processo de cassação de Eduardo Cunha fosse hoje, votaria a favor. As justificativas que ele deu em defesa de todas as acusações não foi nada convincente. Ele está confundindo "trust" com trouxas e isso eu não sou. Não acreditarei em qualquer balela”, declarou o deputado ao periódico.

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