Verificar in locu a situação dos povos indígenas da aldeia Boto Velho, da etnia Javaé, na Ilha do Bananal, localizada a cerca de 198 km de Palmas, foi uma das ações da Secretaria do Trabalho e Assistência Social (Setas), neste final de semana. A visita foi encabeçada pela secretária Patrícia do Amaral e equipe de profissionais da Pasta composta por psicólogo e assistente sociais. A Secretaria esteve na aldeia a convite dos indígenas que queriam apresentar a tribo à secretária além de expor alguns problemas existentes no local, como a falta de saneamento.

Intermediada pelo cacique Wagner Mareia Javaé, o líder apresentou um panorama minucioso do lugar, bem como a situação que eles têm enfrentado nos últimos cinco anos, sugerindo que juntos, governo e tribo, executassem um plano de ação que possa sanar as observações apontadas. “Precisamos na nossa tribo de um projeto comunitário amplo que possa contemplar todas as áreas, como educação, esportes, políticas para os índios idosos”, disse o cacique.

Após a explanação dos indígenas, a Secretária reforçou que o encontro foi o primeiro passo, e que convidará outras secretarias para uma ação conjunta na Boto Velho. “Esse levantamento de dados empíricos da real necessidade dos índios faz parte da nossa ação de Governo: primeiramente ouvir o que a comunidade anseia, para depois em cima das demandas levantadas, trabalharmos em vários eixos de atuação”, assegurou.

Neste sentido, a gestora da Pasta já antecipou que formalizará um documento e o encaminhará às pastas correspondentes à respectiva linha de atuação. “Nós sempre trabalhamos a intersetorialidade, e por isso acredito que uma rede integrada será montada no sentido de ajudar a resolver os problemas levantados”, afirmou.

Agradecimentos

Em nome da tribo, Wagner Mareia Javaé agradeceu a presença da Setas dizendo que a visita “demonstra interesse, humildade e vontade de ajudar o nosso povo. Esta é a primeira vez que a Setas vem até nossa aldeia exclusivamente para nos ouvir”, reforçou. 

Boto Velho

A aldeia Boto Velho é composta por 34 famílias, compreendendo aproximadamente 157 pessoas, sendo que o povo Javaé no entorno da Ilha do Bananal corresponde à aproximadamente 1.200 índios. Além da equipe da Setas, o prefeito eleito de Lagoa da Confusão, Nelson Alves Moreira e a primeira-dama, Rafaela Oliveira fizeram-se presente na comitiva.