Saúde
Neurocirurgião de Palmas faz alerta sobre casos de AVC; Capital terá leitos de UTI específicos para tratamento da doença
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O Dia Mundial do AVC é lembrado anualmente em 29 de outubro e, com a proximidade da data, médicos de todo o país intensificam o alerta sobre o Acidente Vascular Cerebral, para conscientizar as pessoas sobre as formas de prevenção da doença cerebral que mais mata no Brasil. Em Palmas, o neurocirurgião e diretor médico da Intensicare, Márcio Antônio Figueiredo, ressalta para a quantidade de casos da doença no Brasil e no Tocantins.

“As estatísticas revelam que a cada 5 segundos, no mundo, uma pessoa sofre um AVC. No Brasil, por ano, são 350 mil casos, bem mais que a população de uma cidade como Palmas. No Tocantins temos uma média de mil casos por ano. É uma doença que quando não mata, incapacita. No Brasil e no Tocantins é a segunda maior causa de morte e a primeira causa de incapacidade, e neste caso 70% dos pacientes acabam não retornando às suas atividades normais. Então é uma doença presente em todas as famílias, de certa forma. Todo mundo tem algum parente, amigo ou conhecido que sofreu um AVC”, afirma o neurocirurgião.

Conforme Márcio Figueiredo, atualmente em Palmas há uma unidade específica para o tratamento de AVC no Hospital Geral de Palmas e novas em implantação na rede privada. “As UTIs da Intensicare também oferecem o tratamento para o paciente com AVC. Se o paciente chegar ao Hospital Oswaldo Cruz ou no IOP, por exemplo, e for encaminhado à UTI, ele terá condições de receber o tratamento adequado, chamado trombólise. Na nova expansão de leitos que a empresa fará ainda este ano, 4 leitos serão especificamente destinados a pacientes com AVC, e também faz parte do projeto da Intensicare associar ao tratamento a trombectomia mecânica, uma inovação no Estado”.

Importância da conscientização

O AVC acontece devido a uma alteração na circulação de sangue em uma parte do cérebro. Ele pode ser isquêmico (quando falta sangue) ou hemorrágico (quando derrama sangue). Nestas situações, as células do cérebro podem ser lesionadas ou morrer. Dependendo da parte do cérebro que é afetada e do tempo até o tratamento, os efeitos do AVC nos sobreviventes podem ser devastadores.

“Esta data foi instituída para tentar mudar as consequências dessa doença tão devastadora e tão presente no nosso dia a dia, que acomete hoje milhares de pessoas e a população ainda é negligente em relação a ela. Então foi criado um dia, na verdade uma semana específica, do dia 21 a 29 de outubro, para nos lembrar o que podemos fazer para mudar a incidência de casos dessa doença. Nossa parte, como médicos, é tentar conscientizar a população sobre os riscos, os maus hábitos, e o que pode ser melhorado”, pontua Márcio Figueiredo.

O neurocirurgião alerta para os sinais da doença e o tempo de tratamento após os primeiros sintomas. “Temos que mudar nossos hábitos e tentar identificar, principalmente, os sinais e sintomas do AVC, porque diferente do passado, hoje a gente tem como tratar essa doença. Temos ferramentas, medicações e tratamentos que podem mudar o destino desse paciente. Por isso a importância dessa data, para que as pessoas se conscientizem que ao sentir uma dor de cabeça mais forte, ou uma paralisia facial, ou de um lado do corpo, alteração da fala, uma tontura que pode ser confundida com uma labirintite, uma dor de cabeça muito forte, esses sinais devem ser descartados primeiramente como um AVC. A pessoa tem um tempo de 4,5 horas após os sintomas para iniciar o tratamento adequado. Então qualquer sinal que remeta a um AVC deve ser primeiramente descartado. É melhor o paciente buscar o hospital e não ser um AVC, do que ele estar sofrendo um e o médico perder esse tempo de tratamento”, revela.

A faixa etária predominante de incidência de casos é entre os 40, 60, até 80 anos, mas a doença também acomete pessoas mais jovens. Em relação às mulheres, o neurocirurgião alerta para o uso de anticoncepcional oral. “As reposições hormonais aumentam para as mulheres o risco de desenvolver o AVC, trombose e outras doenças vasculares”, explica Márcio Figueiredo.

Conforme o neurocirurgião, a maioria dos AVCs está ligada a fatores de risco modificáveis. O que a pessoa deve fazer como prevenção é parar de fumar e evitar exposição passiva ao cigarro; controlar a pressão alta; fazer exercícios físicos; ter uma dieta saudável e balanceada (mais frutas e verduras, menos sódio); reduzir o colesterol; manter peso adequado (evitar a obesidade); e reduzir o risco de diabetes.

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