
A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta terça-feira, 21, uma operação que investiga possível fraude em licitações e desvio de recursos públicos destinados à contratação de veículos para atender a prefeitura de Palmas/TO durante a gestão do ex-prefeito Carlos Amastha (PSB).
Aproximadamente 130 Policiais Federais cumprem 35 mandados autorizados pelo juiz federal João Paulo Abe. São 8 mandados de prisão temporária e 27 de busca e apreensão. As ações estão sendo realizadas nos estados do Tocantins, Pará, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal.
Os mandados de prisão temporária são contra os ex-secretários Adir Cardoso Gentil, Christian Zini, Cláudio Schuller, Cleide Brandão; além dos empresários Marco Zancaner Gil, Luciano Valadares Rosa, Carlo Raniere Soares Mendonça, José Emilo Houat.
Não há mandado de prisão contra Amastha, mas os agentes cumpriram busca e apreensão em endereços ligados ao ex-prefeito. O Conexão Tocantins tenta contato com a defesa do político.
Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa, composta por três núcleos distintos, é suspeita de ter se apropriado de mais de R$ 15 milhões através dos contratos investigados.
A conta com apoio da Controladoria Geral da União (CGU). Durante as investigações, policiais federais e auditores da CGU revelaram diversos elementos que apontam para a montagem de procedimentos para direcionar contratos superfaturados. Também foram identificadas transações financeiras suspeitas e inconsistências quanto a capacidade operacional para cumprimento dos contratos.
Com as ações de hoje, a Polícia Federal busca obter novas provas, coibir a continuidade das supostas ações criminosas, delimitar a conduta dos investigados, bem como identificar e recuperar ativos frutos dos desvios. Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades pelos crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.