Um dos grandes problemas na sociedade brasileira é a deficiência no acolhimento das pessoas que trazem algum tipo de transtorno ou deficiência, seja na família, nos espaços públicos ou institucionais. Acrescente-se a isto o fato dessas pessoas, vítimas do preconceito, se isolarem em si, não vendo perspectivas para o seu viver. A questão é tratada numa linguagem dirigida para as crianças no livro “A borboleta que descobriu seu voar”, da pedagoga tocantinense, Cáritas Gomes de Oliveira Almeida, que será lançado no próximo dia 28, às 20 horas, no auditório da Fecomércio/Sesc, em Palmas. O evento contará com a palestra “Inclusão e Diversidade: O papel dos núcleos Inclusivos”, a ser proferida pela também pedagoga Ana Cecília Ferreira.

De acordo com a autora, um dos grandes problemas, atualmente, em nossa sociedade, possui um nome relativamente novo, mas que vem, mesmo que vagarosamente, ganhando destaque nas mídias sociais e nas rodas de conversas e debates: o capacitismo. "Temos que denominar a forma segregacionista com que é realizado o acolhimento das pessoas que trazem, física, intelectual ou sensorialmente, algum tipo de transtorno ou deficiência, seja na família, nos espaços públicos ou institucionais”, afirma Cáritas, complementando: “Ainda somos movidos por uma atitude que limita as pessoas apenas por serem diferente do que o senso comum consideraria normal. Acrescente-se a isto o fato dessas pessoas, vítimas do preconceito, se isolarem em si, não vendo perspectivas para o seu viver e temos um cenário realmente desolador”, conclui.

O livro é editado e publicado pelas editoras Letras & Versos (RJ) e Cerrado Comunicação e Editora (TO), com diagramação e arte final do design baiano Welligton Cerqueira. O prefácio é da educadora Lúcia Moyses, moradora de Niterói (RJ). 

Perfil da autora

A autora é graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), com especialização em Neuropsicopedagogia Institucional pela Faculdade de Venda Nova do Imigrante (FAVENI - MG), atuando como professora das séries iniciais da rede pública municipal de Palmas (TO). Cáritas também dirige a área de inclusão e acessibilidades na Federação Espírita do Estado de Tocantins. 

Ilustração

O livro é ilustrado pelos três filhos da Cáritas, que buscou incentivar a criatividade dos filhos Lucas, Heitor e Ana Clara com seus desenhos infantis. A obra tem o apoio cultural do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (SINTET) e da Fecomércio/Sesc-TO para o lançamento. 

Palestrante

Ana Cecília Ferreira Reis é graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia – Universidade Católica de Brasília (PUC);  pós-graduada em Coordenação Pedagógica – Universidade Federal do Tocantins (UFT);  pós-graduada em Desenvolvimento Humano, Inclusão e Educação Escolar – Universidade de Brasília (UnB); pós-graduada em Educação Especial pela UnB; pós-graduada em Atendimento Educacional Especializado pela Unicesumar; Mestranda no Programa Ensino de Ciência e Saúde da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Transtorno do Espectro Autista no âmbito das Tecnologias de Comunicação e Interação - UFT.