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Longe do workaholic, estudo traz novo profissional: o worklover

Todas as pessoas que trabalham em demasia são workaholics? Não. Pesquisadores do Laboratório de Psicologia do Trabalho da UnB (Universidade de Brasília), integrado por psicólogos, médicos e especialistas em ergonomia, desmistificaram essa crença disseminada na sociedade ao descobrir os worklovers.

São pessoas que acordam cedo, dedicam entre 10 e 12 horas do seu dia ao trabalho e, apesar disso, não se importam. Ao final do dia, elas costumam voltar felizes para casa, sem ficar sofrendo pelo dia de amanhã, que demandará muito trabalho.

Para muita gente, não existem pessoas assim, ou, se elas existirem, são insanas. No entanto, de acordo com os pesquisadores que estudam há anos a relação entre trabalho e prazer, os worklovers são reais, pessoas de carne e osso.

Workaholic versus worklover

O workaholic é aquele que é tão viciado no trabalho que acaba deixando até a saúde de lado. Ele se utiliza do trabalho para fugir da vida, de problemas de cunho pessoal. Em geral, sua vida amorosa, sexual ou familiar não é satisfatória. Muitas vezes, essa pessoa também tem poucos amigos ou dificuldade de se relacionar.

Como outros termos, a exemplo de estresse, síndrome do pânico e LER, workaholic virou moda. "Todo mundo que trabalha muito é taxado de workaholic", afirma o professor Wanderley Codo, coordenador do Laboratório de Psicologia do Trabalho.

No entanto, um grande número de pessoas se dedica muito à profissão, mas com prazer. Elas trabalham para viver e não vivem para trabalhar. Aliás, fora do escritório, a vida do worklover é boa. E a realização profissional até o ajuda em todas as outras relações sociais, seja com o parceiro, seja com os amigos ou os vizinhos.

Ele se foca no trabalho, porém com um sentido de criação. "Estar satisfeito com o que se faz é uma das maneiras essenciais de um ser humano adulto ser saudável, já que o trabalho - que toma a maior parte do dia - certamente tem influência sobre a saúde mental", garante Codo.

O que gera o prazer

O coordenador alerta, entretanto, que, quando o trabalho cai na rotina, algum elemento daquele circuito - o que gera prazer - fica descompensado. Felizmente, a engrenagem "errada" pode ser recolocada no lugar, por meio de novos estímulos ou algumas mudanças de atitude e função, por exemplo.

É claro que há profissões nas quais cair na rotina é mais difícil, como professores, jornalistas, empresários, fazendeiros, agrônomos e médicos, mas isso não significa que outros ramos sejam ruins. Um funcionário público, que muitos logo consideram ter um trabalho chato, pode muito bem se realizar com suas atividades. Basta que as considere importantes. "Todo trabalho tem seu encanto", promete o professor.

Fonte: InfoMoney

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