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Terras griladas na Amazônia são anunciadas para venda na internet
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Região do sul do municí­pio de Lábrea, sul do Amazonas | Divulgação
Região do sul do municí­pio de Lábrea, sul do Amazonas

Alguns sites de venda de imóveis na internet estão anunciando a venda de terras ocupadas ilegalmente na Amazônia. É o caso de fazendas que foram divulgadas no site MF Rural, cuja sede está localizada em São Paulo.

Segundo o coordenador do Terra Legal, programa de regularização fundiária do governo federal, Carlos Guedes, os imóveis oferecidos na internet não constam no cadastro oficial de propriedades privadas.

“Ficou comprovado por meio da nossa análise que, além de não serem terras particulares - serem em terras públicas - boa parte dessas áreas estava sobre unidades de conservação e de terras indígenas já demarcadas pelo governo federal”, afirmou.

As terras divulgadas no site estão em Lábrea, no sul do Amazonas. A região integra a lista dos 43 municípios responsáveis pela metade do desmatamento na Amazônia, segundo os dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Agora, o site MF Rural será questionado na Justiça. “A partir dos efeitos que podem ser tomados na esfera judicial, nós vamos procurar, do ponto de vista administrativo, avançar nessa investigação, utilizando pra isso a continuidade dessas iniciativas na área de inteligência com o sistema de proteção da Amazônia”, disse Guedes.

O responsável pelo endereço eletrônico do MF Rural, Wilson Oslis Sanchez Lucas, se defende das acusações ao afirmar que o site faz somente a divulgação das terras a serem vendidas.

“Os responsáveis pelo anúncio são as pessoas que anunciam e não a rádio, o jornal ou um site pela internet. Sendo que a internet não negocia, ela apresenta os produtos, mas não é responsável”, afirmou.

Wilson Lucas informou ainda que os anúncios continuam no site para que a Justiça possa chegar aos responsáveis pelas terras ilegais.

Um recente recadastramento de terras em Lábrea aponta que 46 dos 120 imóveis na região não têm posse legalizada. Mais 200 imóveis tiveram o cadastro suspenso no ano passado. (Da Agência Brasil)

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