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Mosca-do-chifre requer cuidados com o rebanho no período chuvoso
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Com a aproximação do período chuvoso, o produtor rural deverá tomar alguns cuidados extras com o seu rebanho para garantir animais saudáveis e a produção de carne e leite, sempre levando em consideração o bom estado das pastagens e o calendário de vacinação.  

Dentre os principais problemas que um rebanho pode enfrentar neste período é a proliferação da mosca-do-chifre, que é uma parasitose causada pela mosca hematófaga a Haematobia irritans. De acordo com a médica veterinária da Seagro – Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Érika Jardim, o estresse causado pela mosca, prejudica a alimentação do rebanho, causando perda de peso e redução na produção de leite.  

O processo preventivo desta infestação, conforme a veterinária da Seagro, deve ser feito durante todo o ano. Mas com a chegada das chuvas a proliferação pode aumentar, pois as larvas das moscas se desenvolvem no bolo fecal dos animais e a alta umidade colabora para a reprodução e crescimento das moscas.

Segundo a médica veterinária, existem dois modos de combater a mosca-do-chifre: “o químico e o biológico”. Érika explica, ainda, que ambas as formas de combate ao parasita devem ser feitas de maneira estratégica para maior eficácia. 

O tratamento químico, de acordo com a especialista, consiste na aplicação de inseticidas para combater diretamente as moscas que infestam os rebanhos. “Deve ser aplicado na gora do aumento súbito das moscas, havendo alto estresse dos animais”, completou.

Já o tratamento biológico pode ser feito através do besouro conhecido como “rola-bosta” (Onthophagus gazella). Esta espécie de besouro contribui para a remoção e incorporação de massas fecais e restos de animais mortos no solo. “Nesta modalidade de tratamento, no entanto, o produtor deve tomar cuidado para o vermífugo usado nos animais não matar os besouros”, alertou a veterinária.

Outros problemas

Além das moscas-do-chifre, os rebanhos ainda podem sofrer com outros males, durante o período das chuvas, como a proliferação de vermes (endoparasitas), até problemas nos cascos provenientes de pododermatites.

De acordo com a médica veterinária da Seagro, os endoparasitas encontram seu ambiente ideal, quando se tem alta umidade e temperaturas elevadas, como no caso do período de chuvas no Tocantins. “A solução neste caso, é ter o cuidado de manter o gado sempre vermifugado”, salientou. 

Já no caso de pododermatites (doenças nos cascos) são causadas pela longa permanência em locais com alta umidade (pastos encharcados, instalações úmidas e superlotadas). Nestes ambientes, as bactérias causadoras desta enfermidade se proliferam com mais facilidade. “A principal medida para evitar este mal é procurar manter os animais acomodados em locais secos”, salientou a veterinária.  

O importante é que o pecuarista esteja sempre atento ao seu rebanho e, assim que for constatada qualquer uma das ocorrências citadas acima, procure ajuda de um profissional do setor, de preferência um médico veterinário de sua confiança. (Ascom Seagro)

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