Meio Ambiente
Milhares de peixes morrem em decorrência de operação da UHE Lajeado
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Milhares de peixes morreram neste último domingo, 16, na Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães, em Lajeado, a 50 km da capital Palmas. O Conexão Tocantins ouviu na manhã desta terça-feira, 18, o presidente da colônia de pescadores do município, Domingos Ferreira Lima, que explicou as prováveis causas que teriam levado a essa mortalidade.

Domingos informou que no ultimo domingo por volta das 8 horas da manhã, as comportas da Hidrelétrica foram fechadas, quando chegou meio dia o rio Tocantins abaixo da barragem já estava muito baixo e os peixes começaram a ficar sem oxigênio, presos em pequenos cursos d'água, entre pedrais. “O rio ficou muito baixo por volta do meio dia, abaixou muito, os peixes começaram a pular e a morrer e ai o pessoal de Lajeado começou a catar, cataram aproximadamente três toneladas de peixes,” disse.

Ferreira afirmou que a oscilação da água estaria causando a morte dos peixes e, segundo ele, quase todo final de semana estaria acontecendo esse desastre. “Devido à oscilação da água, os peixes estão morrendo. O peixe acompanha a água, quando o rio está cheio eles seguem a procura de alimento, e quando fecham às comportas da usina, o rio baixa muito rápido, os peixes ficam sem saídas, ficam presos, falta oxigênio e acontece isso, muitos morrem”, afirmou Domingos.

Ainda segundo Domingos Ferreira a velocidade da água também estaria prejudicando os peixes. “Quando soltam a água é de uma vez, os peixes batem nas pedras e se arrebentam, já vimos muitos peixes com a cabeça rachada, machucados. Eles têm que controlar isso, se não amanhã depois não tem mais nenhum peixe aqui”, disse.

O presidente da colônia pontuou que os pescadores não podem pescar na piracema e cumprem com as leis. Ele salientou para exigências que deveriam ser impostas à usina, para que cumpram também com as obrigações para que evitem os desastres ambientais. “Nos executamos as leis, e assim como tem leis para a gente cumprir, devia ter para eles também, para evitar isso”, criticou Domingos Ferreira.

O Conexão Tocantins procurou a Naturatins que informou não ter ainda o relatório preciso de quantidade e dados específicos dos motivos da mortandade dos peixes.

 A Investco S.A., empresa responsável pela operação da Usina Luís Eduardo Magalhães, informou que está analisando junto à sua consultoria especializada em ictiofauna os motivos que levaram a ocorrência com os peixes abaixo da Usina.

 A empresa ainda informa que opera normalmente e segue os despachos diários do Operador Nacional do Sistema (ONS), que determina a geração. Esclarece ainda que não houve movimentações das comportas do vertedouro e os níveis de vazões foram garantidos, conforme a geração programada.

(Matéria atualizada às 16h37min)

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