Polí­cia
Sindepol diz que determinação para entrega de armamentos causa caos; comando de greve do Sinpol é acusado de agressões
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Com a determinação do Secretário de Segurança Pública, César Simoni, através da portaria n° 001/2015, de 13/03/2015, que designa todos os policiais civis do Estado a “deposição das armas que lhes foram acauteladas em um prazo de 24 horas”, as delegacias do Estado do Tocantins se encontram vulneráveis, sem condição do exercício da função do delegado de Polícia, assim informou o Sindicato dos Delegados de Polícia do Tocantins (Sindepol) 

Segundo o Sindepol, a partir de hoje todos os serviços essenciais, como flagrantes, que estavam sendo cumpridos mesmo com o movimento grevista da Polícia Civil, encontra-se prejudicados, sem nenhuma condição de serem executados. "Sem agentes, armas, munições e algemas, os delegados de Polícia estão de mãos atadas, sem condição de garantir a segurança da delegacia, muito menos da população", pontuou o Sindicato. 

A presidente do Sindepol, Cinthia Paula de Lima, salientou que a decisão do secretário foi dada sem ao menos notificar os delegados, muito menos informar como ficaria a situação das delegacias a partir da entrega de armas dos Policiais Civis. Explicou ainda que tentou entrar em contato com o Secretário hoje pela manhã, para que ele direcione como será feito o trabalho dos delegados de policia nessa situação.

“A delegacia está totalmente sem segurança, às drogas que já foram apreendidas, bem como armas, estão em situação vulnerável. Não temos algemas, nem armas, muito menos agentes e escrivães para executar o serviço. Não conseguimos nem garantir a segurança da delegacia. Estamos aguardando uma posição do secretário”, explicou a presidente.  

O delegado que está de plantão na primeira DP de Palmas, José Inácio, ressaltou que os delegados não foram notificados pela Secretária de Segurança Pública sobre como agir a partir da determinação feita por ele. “Não podemos nem falar em segurança. Com as entregas das armas dos agentes, não tem como receber presos nas delegacias, nem fazer flagrantes, ou seja, estamos sem condições de trabalhar, pois não há como garantir a segurança desse preso nem na delegacia”, afirmou José Inácio. 

Disparo acidental e agressões 

Enquanto os policiais civis do Tocantins entregavam suas armas de fogo na manhã desta segunda-feira, 16, na Secretaria de Segurança Pública, houve um disparo acidental que veio a atingir com estilhaços - segundo informou por meio de nota a SSP – dois funcionários do quadro administrativo que passavam pelo local.

Segundo informou a SSP, os dois sofreram apenas escoriações e foram encaminhados para atendimento médico. A perícia também foi acionada para esclarecer as circunstâncias do ocorrido.

Segundo a Diretoria de Polícia Científica, os peritos que compareceram à sede da SSP para realizar a perícia no local foram recebidos com empurrões e agressões verbais por parte do comando de greve, que tentou impedir a realização dos trabalhos. Em virtude destas agressões, o Ministério Público foi acionado para colher os depoimentos dos peritos e tomar as providências cabíveis.

A Secretaria de Segurança Pública pontuou que os policiais insistiam em entregar as armas em local impróprio, um prédio administrativo. 

Sinpol

O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) também se posicionou sobre o disparo acidental e creditou ao secretário de Segurança Pública toda a responsabilidade pelo disparo durante a entrega das armas e equipamentos por parte dos policiais civis. Segundo o Sinpol, a secretaria não disponibilizou um local adequado para a entrega das armas, obrigando os policiais a improvisarem a entrega no chão, o que provocou a queda de uma arma, gerando o disparo. O sindicato esclareceu ainda que integrantes do movimento grevista chegaram à secretaria às 8 da manhã e só foram recebidos ao meio dia pela cúpula da Secretaria.

O sindicato ainda pontuou que continua orientando os policiais a entregarem suas armas desmuniciadas, em cumprimento à portaria da Secretaria de Segurança que "desarmou os policiais, deixando-os expostos e limitando os 30% dos serviços essenciais que vinham sendo executados", segundo o Sinpol. 

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