Polí­tica
Saída para crise é queda de juros e estimulo à produção, avalia Ataídes
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Em duro discurso na retomada dos trabalhos legislativos, o senador Ataídes Oliveira (PSDB/TO) fez um diagnóstico da situação da economia brasileira e sugeriu que o governo baixe a taxa de juros e estimule a produção como saída para conter a disparada do desemprego e da inflação. “Esse governo arrastou nosso País para dentro de um túnel de escuridão completa, onde não é possível ver qualquer luz ao final”, lamentou Ataídes.

O senador chamou atenção para a "total falta de credibilidade" da presidente Dilma Rousseff, o que torna praticamente, a seu ver, inócuo, qualquer tentativa de diálogo com lideranças políticas e partidárias. "Num momento em que a inflação se aproxima da casa dos dois dígitos, as taxas de juros elevadas agravam ainda mais as dificuldades econômicas", salientou Ataídes, pois, segundo ele, inibem a produção e a oferta de produtos no mercado, alimentando a alta de preços. “A melhor receita no memento é produzir e produzir”, defendeu.

Desemprego

A escalada do desemprego, segundo o senador tocantinense, é na verdade bem maior do que apontam os índices oficiais, que não consideram, por exemplo, a geração “nem nem”, ou seja, os jovens que nem estudam e nem trabalham. A baixa qualificação da mão de obra brasileira, “apesar do rio de dinheiro que alimenta o Sistema S”, segundo o senador, é um agravante importante, especialmente entre os mais jovens.

Na avaliação de Ataídes, o Plano de Proteção ao Emprego lançado pelo Governo Federal é um engodo, pois, conta com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador para bancar metade das perdas salariais de trabalhadores que tiverem jornada e salários reduzidos. “O governo adiou o pagamento do abono salarial exatamente porque o FAT não tem dinheiro em caixa”, salientou.

O senador também ressaltou o crescimento na dívida pública, a queda da poupança doméstica e os cortes no orçamento da saúde e da educação. “Que Pátria Educadora é essa, que corta dinheiro para programas básicos de educação?”, questionou. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy teria, a seu ver, “jogado a toalha”, ao reduzir a meta fiscal de 1,13% do PIB para 0,15% do PIB. “E mesmo essa meta irrisória dificilmente será cumprida”, opinou.

Ao final do discurso, Ataídes apelou para que o parlamento cumpra um papel histórico, ajudando a encontrar uma saída para que o Brasil retome o caminho do desenvolvimento, da prosperidade e da inclusão social.

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