Após dois pequenos aumentos e uma estabilidade em abril, o endividamento das famílias voltou a cair em Palmas. Em maio, o índice ficou em 69,6% contra 73% de abril, revelando uma redução de 3,4%. Se comparado com o mesmo período do ano passado, a redução foi de 5,7%. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é uma realização mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com a Fecomércio Tocantins.

De acordo com o presidente da Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni, essa redução no endividamento revela o quanto o consumidor da Capital está cuidadoso com relação ao cenário econômico nacional. “A pesquisa revela que o palmense está receoso em contrair dívidas, mas o aumento no desemprego também tem contribuído para este quadro”, ressaltou.

O vilão quando se fala em dívidas continua o mesmo: o cartão de crédito, acusado por 73,5% dos entrevistados. O financiamento de veículo ficou em segundo lugar, citado por 26,5% e, em terceiro, ficou o uso do carnê apontado por 26,1%.

As famílias com contas em atraso ficou em 20%. Já as que têm condições de pagar (total e parcialmente) as dívidas atrasadas chegaram a 97,8%. A parcela de renda comprometida com dívidas foi acusada por 33% e, para 68,1%, esse comprometimento ficou entre 11% e 50%.

Dentre as famílias com contas em atraso o tempo de pagamento das dívidas atrasadas mais citado foi o de entre 30 e 90 dias, confirmado por 44,8%. O tempo médio em dias para esse pagamento ficou em 49,7 dias. Entre os endividados o tempo de comprometimento com dívidas ficou em mais de um ano, apontado por 51,6%. E o tempo médio desse comprometimento com as dívidas ficou em 8,4 meses.

A PEIC

Foram entrevistadas 500 famílias palmenses divididas em duas categorias: as que recebem até 10 salários mínimos/mês e as que ganham mais de 10 salários mínimos. Os números aqui destacados são do índice geral, ou seja, das duas categorias pesquisadas. A PEIC de maio foi aplicada nos últimos 10 dias de abril.