Saúde
Tocantins registrou 71 casos de câncer de pele só em 2017
Características do câncer de pele
Características do câncer de pele

Com 71 casos notificados só este ano no Tocantins, o câncer de pele apesar de ser o mais frequente no Brasil, representando 25% dos tumores malignos registrados no País, é uma doença de diagnóstico simples e tratamentos cada vez mais avançados.

No Brasil Instituto Nacional do Câncer (INCA) levanta os números relativos a doença de Norte a Sul. Conforme estimativa do INCA para o biênio 2016/2017, as taxas brutas de incidência por 100 mil habitantes e o número de casos novos de câncer, segundo sexo e localização primária, especificamente para o câncer de pele não melanoma no Tocantins para os homens é de 39,84, o que corresponde a 270 casos. Segundo o INCA, para as mulheres, a taxa bruta de incidência é de 27,44, o que significa 180 casos.

Apesar das estatísticas não parecerem assustadoras a princípio, há ainda que se considerar as subnotificações, ou seja, pacientes que tem a tem a doença, mas ainda não foram diagnosticados. 

No Tocantins, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) o número de casos registrados tem diminuído nos últimos três anos. Em 2014 foram 180 notificações, mas em 2015 o número caiu para 151 e em 2016, conforme dados parciais, foram registrados 112 casos. 

Apesar das estatísticas de 2017 ainda não estarem fechadas e representarem uma melhora em relação aos anos anteriores, é preciso trabalhar a conscientização das potenciais vítimas da doença. E em um Estado onde o calor intenso e a alta incidência dos raios solares predominam praticamente durante todo o ano é preciso cuidado redobrado. 

De acordo com a dermatologista Raquel Amashta, apesar de ser uma doença comum, o câncer de pele apresenta altos percentuais de cura, principalmente se for detectado precocemente. "O médico dermatologista é o profissional que está na linha de frente do tratamento, da prevenção e do diagnóstico. É quem faz todo o acompanhamento do paciente.  É fundamental que todo o processo tenha participação do dermatologista, já que o diagnóstico só pode ser confirmado por ele. Quando existe a suspeita, apenas o médico pode confirmá-la", explica Raquel.  

Doença

O câncer de pele é definido pelo crescimento fora do comum e descontrolado das células que compõem a pele. Um dos fatores de risco é a grande exposição ao sol sem proteção adequada (quanto mais queimaduras solares a pessoa sofreu durante a vida, maior é o risco dela ter um câncer de pele), histórico familiar e baixa imunidade.

Há dois tipos de câncer de pele: o melanoma e o não melanoma. O primeiro tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e é mais comum em adultos brancos. 

O melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão, porém é mais grave, por conta da alta possibilidade de metástase.

Já o câncer de pele do tipo não-melanoma é o de maior incidência na população, porém de mais baixa mortalidade. Comum em pessoas com mais de 40 anos, é raro em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas anteriores. 

"O câncer de pele se desenvolve quando as células da pele se danificam e crescem de forma descontrolada. Com isso, células da epiderme se dividem e desprendem-se do corpo. Porém se o corpo não consegue fazer a reparação da célula ela deixa de passar por esse processo natural, mas continua a crescer e a se dividir e pode provocar um inchaço visível sobre a pele, danificar o tecido em volta ou se espalhar para outras áreas do corpo", explica a média. 

Paciente 

Rosilene Izidorio de Oliveira de 43 anos convive com o câncer de pele há 14. Ela conta que descobriu a doença no fim de 2002, quando percebeu uma pinta diferente na testa. Procurou uma dermatologista na hora e logo recebeu o diagnóstico. "Já fiz radioterapia em Araguaína, tratamento em Imperatriz. Ocorreu tudo bem. Mas continuo fazendo tratamento. Faço acompanhamento a cada três meses. Hoje estou mais tranquila e confiante, mas na época que descobri não foi fácil", conta. 

Prevenção

Por ser uma doença comum o cuidado é fundamental. Segundo Raquel é importante evitar exposição excessiva ao sol. Ela explica que enfrentar os raios solares sem proteção correta pode ser extremamente perigoso. 

"Se a gente sabe que a radiação UV pode causar câncer, então é preciso evitar isso. Evite o sol entre o período de dez e quatro da tarde, quando os raios estão mais fortes. Use o protetor solar diariamente e acessórios que protegem como bonés e chapéus. Prevenir é sempre o melhor caminho", finaliza a dermatologista. (Cênicas Comunicação)

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