
O destaque que os jogos eletrônicos vêm adquirindo ao longo dos anos já deixou de ser novidade para muita gente. Antes os jogos eram só para consoles e computadores, mas com o avanço da tecnologia possuímos hoje uma larga base também de jogadores através de dispositivos móveis. Segundo pesquisa realizada pela consultoria Alvarez & Marsal, a indústria de games estima faturar a quantia de US$ 1,1 bilhão no ano de 2021, um aumento de 14% comparado ao ano passado.
Desde que grandes produtoras de jogos lideram o setor do entretenimento, fica cada vez mais claro que jogos, de diferentes plataformas, deixaram de ser apenas um hobby com a finalidade de diversão. Deixando para trás aquele antigo conceito de que videogame era coisa de criança, já que antes atingia um público mais jovial.
No Brasil, o setor de games garante destaque com um público de 27,9 milhões de jogadores. O interesse, primeiramente despertado na infância de muitos jogadores do mundo inteiro, se provou consolidado ao estar constante crescimento em todos os sentidos além cativar uma legião de jogadores que se manteve fiel de geração a geração. A evolução de consoles, nas mais diversas plataformas, revela o quanto o mercado não apenas adquiriu milhões de adeptos, mas também um público bem mais eclético, abrangente e inclusivo.
Não é de hoje que a forma revolucionária com que a internet tornou possível unir jogadores, de diferentes partes do mundo, pudessem compartilhar do mesmo jogo em uma mesma partida. Isto foi muito positivo para o eSports, vindo muito a calhar para o que o atual momento exige. Esse foi um dos motivos que fez com que diferentes campeonatos de diversos jogos eletrônicos pudessem dar a volta por cima, mesmo em meio à uma das barreiras impostas pelas medidas protetivas de distanciamento social contra o ainda presente coronavírus.
Curiosamente, o distanciamento social, ocasionado pela Covid-19, impulsionou ainda mais o cenário de eSports para um patamar de maior destaque. Enquanto outros setores do mercado sofreram de forma mais severa e duradoura com as consequências que o vírus gerou, a indústria de games soube, como ninguém, adaptar-se de uma forma surpreendentemente positiva. Grandes campeonatos, como por exemplo o CBLoL (Campeonato Brasileiro de League of Legends), obteve um aumento de 34% de espectadores de acordo com a pesquisa realizada pelo portal Olhar Digital.
O estado de Tocantins tem chamado a atenção por possuir excelentes times de eSports. A equipe Jalapão eSports conquistou sua segunda vitória no Campeonato da Copa Sul-Americana de Proclubs, que aconteceu em 2020, organizado pelo EFA (Eletronic Football Association). O time tocantinense desempenhou uma partida de futebol digna dos canários, vencendo os times que foram representantes da Colômbia, Argentina, Chile, México, Costa Rica e Panamá. E este é só apenas mais um exemplo, dentre tantos outros que temos no Brasil, que já é considerado vitrine de grandes talentos de jogos eletrônicos. Fazendo com que cada vez mais um número maior de pessoas se motivem a seguir uma carreira profissional no setor.
Outros grandes campeonatos sediados no Brasil vêm acontecendo, o que faz o setor prosseguir a todo vapor. A prova disto são os inúmeros torneios previstos até o final de 2021, mobilizando equipes, jogadores e claro, espectadores, se mantendo mais assíduos do que nunca de forma virtual. Jogos como Free Fire, League of Legends, Fortnite CS:GO, Dota 2 e Rainbow Six Siege são destaques quando se trata de eSports, e na Rivalry é possível se inteirar sobre tudo que ronda a respeito do universo de jogos eletrônicos e acompanhar apostas nos jogos mais aclamados do setor.
Marcos Paulo (Solotov), 20, é um exemplo regional de Tocantins que conquistou o sucesso nacional. Solotov, representando o time Furia, foi o primeiro jogador a realizar um abate na história da liga LBFF, está agora migrando para carreira de caster (narrador de partidas de eSports). Mostrando que é apenas mais um caminho que o setor pode proporcionar.
Outro fator que podemos atribuir como um fator responsável por disseminar a popularização de eSports no Brasil são as transmissões dos campeonatos de jogos eletrônicos em canais de esportes conhecidos como SporTV e ESPN. A pandemia impulsionou ainda mais o crescimento de eSports não só no Brasil, mas em todo o mundo, estima-se que em 2023 o número de adeptos seja equivalente a 646 milhões de espectadores, sendo que o público Chinês ocupa grande parte dessa quantia. É incontestável afirmar que a pandemia, de certo modo, intensificou ao mesmo passo que se popularizou ainda mais o consumo de eSports. O isolamento social, necessário em tempos como este, despertou maior interesse nas pessoas em buscar alternativas seguras de entretenimento.