A Polícia Civil do Tocantins (PC - TO), por meio da 10ª Delegacia de Polícia de Araguatins, concluiu nesta sexta-feira,  4, o inquérito que apurava as circunstâncias de um crime de racismo que teria sido praticado contra um acadêmico de uma instituição de ensino superior, no último mês de maio, e indicou um homem, de 26 anos, pelo crime de racismo e vias de fato. 

Conforme explica o delegado Teofabio Alves Siqueira, os fatos chegaram ao conhecimento da Polícia Civil depois que a vítima procurou a 3ª Central de Atendimento e relatou que no dia do ocorrido, ele estava participando de um torneio de truco, promovido por uma faculdade pública, em um bar, localizado na Vila Cidinha, em Araguatins, quando em determinado momento, passou a ser desrespeitado pelo seu oponente, que não aceitou a derrota. 

“Ocorre que ao final da partida, a vítima passou a ser alvo de xingamentos homofóbicos e também a ser vítima de racismo ao ser insultado em razão da cor de sua pele, sendo que, em determinado, momento, o autor agarrou a vítima pelo pescoço, mas acabou soltando em seguida, pois percebeu que a vítima não reagiria”, frisou a autoridade policial. 

Instaurado o procedimento policial, inicialmente, o fato passou a ser investigado como injúria qualificada, mas com o aprofundamento das investigações, a autoridade policial vislumbrou indícios do crime de racismo, que é previsto pelo Art. 2ª - A, da Lei 7.71689, Lei de Racismo. 

As testemunhas oculares do fato foram ouvidas e confirmaram a versão da vítima, corroborando os fatos de que o autor atacou verbal e fisicamente a vítima, simplesmente por não aceitar o fato de ter perdido uma simples jogo de truco. 

Diante dos fatos, T.P.S.M. foi indiciado pelos crimes de racismo e vias de fato. O inquérito foi concluído e remetido ao Poder Judiciário, com vistas ao Ministério Público para a adoção das medidas legais cabíveis. 

Para o delegado Teofabio Siqueira, trata-se de crimes graves que foram praticados em um contexto de uma disputa esportiva, em que o autor inconformado com a derrota, passou a proferir xingamentos racistas e homofóbicos, tendo inclusive, tentado esganar a vítima, o que se configura, fatos gravíssimos. “Desse modo, com a pronta atuação da Polícia Civil, através da equipe da 10ª DP, foi possível individualizar a conduta do autor e esclarecer toda a verdade dos fatos”, disse.  (SSP/TO)