Economia
Com inflação em ritmo mais lento, Copom não deverá mexer na Selic

Com a inflação em desaceleração nos últimos meses — subiu 0,26% em maio após uma elevação de 0,43% em abril —, a expectativa é que o Comitê de Política Monetária (COPOM), do Banco Central, não mexa na taxa Selic que, hoje, está em 14,75% ao ano. Como havia projetado a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a tendência é que os juros básicos do País fiquem nesse patamar pelo menos até o fim do ano.

Isso acontecerá não apenas pela inflação em geral — o IPCA acumulado de 12 meses está em 5,32% —, mas, principalmente, pela desaceleração dos preços do setor de Serviços. De acordo com a Federação, esse é um indicador valioso da conjuntura econômica porque, em meio ao aumento da renda como consequência de um mercado de trabalho aquecido, é ele que aponta o quanto a economia está aquecida.

Para além disso, aponta a Fecomércio, há uma defasagem de tempo entre a definição da taxa de juros e os efeitos, principalmente dos aumentos da Selic realizados no ano passado, que começaram a ficar evidentes agora.  A Federação explica que a recente valorização do real frente ao dólar também contribui para uma desaceleração inflacionária e pode justificar a manutenção da Selic na reunião desta semana.

Para a FecomercioSP, se o Copom aumentasse a taxa agora, adotaria uma precaução excessiva.

Entretanto, a  Fecomércio enfatiza que essa manutenção da taxa básica de juros só é sustentável se o governo conseguir construir uma política fiscal mais equilibrada — o que não parece estar na agenda neste momento. "Em meio às críticas generalizadas aos últimos pacotes apresentados pelo Executivo, há uma chance não desprezível da inflação voltar a subir nos próximos meses, forçando o Copom a fazer novos ajustes", acrescenta a Federação. 

Sobre a FecomercioSP

Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza- se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

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