A procuradoria Regional Eleitoral reúne provas para entrar com uma Ação contra o governador Siqueira Campos (PSDB) em razão do discurso que ele fez na última sexta-feira, 30, durante inauguração de Escola de Tempo Integral em Almas. “ Eu entendi que houve propaganda antecipada só que a gente não tem prova para entrar com ação porque o TSE diz que só a notícia veiculada não é o suficiente”, disse o procurador Álvaro Manzano ao Conexão Tocantins na tarde desta quarta-feira, 4.

O procurador conta que já pediu para alguns veículos de comunicação que fizeram a cobertura do evento, muitos a convite do próprio governo, a cópia de imagens que foram gravadas na oportunidade. “Se eu conseguir vou ter que ouvir alguns para confirmar”, explicou.

Durante evento em Almas, o governador chegou a dizer que melhor nome que o de Eduardo para o governo não existe. “Eduardo, hoje peço a Deus uma única coisa: que me dê a alegria de ser sucedido no governo por você. Que você seja o continuador dessa obra, porque você é um grande e importante líder que o Tocantins tem. Pode ter alguém igual, mas melhor que você, não existe”, afirmou ao governador durante discurso para a comunidade. O governador aproveitou ainda a fala durante o evento para exaltar o perfil de Eduardo como secretário e disse também que ele sempre acompanhou sua vida política.

Após o episódio e com a repercussão de que o procurador ia analisar as declarações no evento o governador negou que tenha lançado seu filho Eduardo ao governo e disse que apenas manifestou seu desejo pessoal. Siqueira chegou a dizer ainda esta semana que só tratará das eleições e de candidatura do seu possível sucessor no mês de abril.

Reeleição

Falando aos jornalistas após o evento,  o governador também descartou a possibilidade de tentar reeleição no próximo ano. “Não, eu não. Eu acho que isso ai precisa ser uma pessoa jovem, vigorosa, melhor do que eu. E eu vou ficar para quando precisarem de um conselho, de uma coisa qualquer. A gente não pode ter ambição. Eu estou aqui não é por ambição. Eu só entrei para poder consertar o Estado, senão, não entraria", chegou a dizer aos jornalistas.

O secretário Eduardo comentou que as declarações de Siqueira demonstram um sentimento pessoal do seu pai.