Polí­tica
Coletivo critica posicionamento de parlamentares do Tocantins e pede articulação conjunta para quebra de patentes da vacina

O Coletivo SOMOS criticou nesta quarta-feira, 7, os deputados federais do Tocantins Carlos Gaguim, Dorinha Seabra Rezende, Dulce Miranda, Tiago Dimas, Eli Borges e Osires Damaso pelo posicionamento favorável ao Projeto de Lei nº 948 de 2021, que afrouxa as condições para que grandes empresários comprem vacinas contra o novo coronavírus Sars-Cov-2.

De acordo com o grupo, o PL enfraquece o SUS, fragmenta a vacinação, dá prioridade para os mais ricos e fragiliza as possibilidades de planejamento sanitário e de saúde. “O projeto aprovado prevê que pessoas jurídicas de direito privado comprem vacinas aprovadas pela Anvisa ou certificadas pela OMS. Os laboratórios só estão negociando com governos de países, logo, a compra será feita via Ministério da Saúde, que pode servir como laranja para empresários bilionários”, explicou a comunicadora Rafaela Lobato.

A comunicadora esclareceu ainda que apenas as grandes corporações serão beneficiadas com essa decisão. “Ou seja, se você é dono da Coca-Cola, da Havan ou parente de algum deles, parabéns! Você ‘furará’ a fila da vacinação. Agora, se você é pequeno ou médio empresário e não dispõe de milhões para comprar o imunizante, sente aqui e bora conversar”, disse.

Para o mestrando em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação da Universidade Federal do Tocantins, Dilson Júnior, a aprovação do Projeto institucionalizará um crime contra a população mais pobre do Brasil. “É um crime institucionalizado e fará com que as pessoas mais vulneráveis continuem à margem da vacinação. Se a gente achava ruim e já reclamava da segregação por conta dos Drive-Thrus, imagine agora que nós, enquanto Sistema Único de Saúde, teremos que disputar essa compra com Bilionários?”, questionou.

De acordo com a pesquisadora Thamires Lima, o Somos tem acompanhado muitas discussões que podem auxiliar nesse processo. “Sugerimos aos parlamentares, principalmente aos tocantinenses, que foquem seus esforços para uma luta conjunta pela quebra de patentes. Isso promoveria a agilidade na vacinação no Brasil e no mundo. A vacina contra a Covid-19 deve ser um bem comum da humanidade”, destacou.

O estudante da UFT, Augusto Brito, também fez um pedido de apoio aos Senadores do Estado, que analisarão a matéria após a aprovação total do PL na Câmara. “O Somos pede encarecidamente que eles não compactuem e não contribuam com a morte de milhares de brasileiros e tocantinenses. Priorizar os mais ricos pode deixar a gente e quem a gente ama sem a imunização”, finalizou.

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