Cultura
Técnicas de produção da viola de buriti são tema de documentário e oficina virtual
Foto: Divulgação/Adetuc
Divulgação/Adetuc

Uma das variantes regionais da viola brasileira, a viola de buriti é um bem cultural tipicamente tocantinense, com surgimento na década de 1940, na comunidade Mumbuca, de Mateiros, no Jalapão e tem como matéria prima a palmeira de buriti. Estimular sua preservação e reprodução é a meta de projeto aprovado em edital lançado pelo Governo do Estado, por meio da Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc), com recursos federais via Lei Aldir Blanc.

As gravações do documentário Viola de Buriti do Jalapão tiveram início na quinta, 20, e seguem até este sábado. A iniciativa contará a história do cancioneiro e tocador do incomum, Maurício Ribeiro, que encanta os turistas e leva os sons da região para o país e o mundo. Além disso, o conteúdo incluirá oficinas sobre as técnicas para a produção do instrumento.

Segundo Elisnei Gama, da Jiquitaia Produções, que coordena a realização do documentário, diante do agravamento da pandemia da Covid-19, foi necessário adaptar o projeto para a produção de um material audiovisual, com a finalidade de ser utilizado didaticamente nas escolas públicas.

“Serão demonstradas técnicas de execução do instrumento e de sua fabricação”, explicou, lembrando que a produção obedece normas de distanciamento social e protocolos de segurança, estabelecidos pela vigilância sanitária e Organização Mundial de Saúde (OMS), com a obrigatoriedade do uso de máscaras e uso de álcool gel.

"A viola de buriti é uma das riquezas culturais do Estado e poder colaborar com a sua preservação e transferência das técnicas de produção é uma grande satisfação, proporcionada pelo edital da Lei Aldir Blanc", revela o presidente da Economia Criativa, que reafirma o comprometimento da gestão Mauro Carlesse com o desenvolvimento da economia criativa do Estado.

Origem

A viola de buriti foi criada pelo avô de Maurício Ribeiro, seu Antônio, há quase oito décadas. A produção do instrumento é totalmente artesanal e além da palmeira utiliza quatro cordas feitas com linha de pesca. Inicialmente, era parecido com uma rabeca, precursor do violino, porém Maurício o adaptou para ser tocado como uma viola.

Em 2015, o artesão e músico começou a se tornar nacionalmente conhecido, ao ser selecionado para participar do Projeto Sonora Brasil, com o tema Violas Singulares. Dois anos depois, teve suas canções exibidas na novela O outro lado do Paraíso (Globo), que tinha como cenário a natureza do Jalapão.

Atualmente, Maurício apresenta-se para os visitantes no Restaurante Viola de Buriti, administrado em parceria com sua esposa. Para ele, o projeto vai colaborar para o regaste da cultura do Jalapão, ajudando a divulgar manifestações artísticas, tradição, artesanato, natureza e o modo ser do povo da região. “É uma proposta sensacional, que dá visibilidade às pessoas mais humildes, ficamos satisfeitos em participar”, disse.  

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