O
Ministério Público Estadual (MPE) instaurou três inquéritos civis públicos com
a finalidade de investigar supostas irregularidades relativas às condições de
trabalho e à má distribuição de servidores nas delegacias de polícia da cidade
de Palmas.
A intenção do órgão de controle é aprofundar investigação
sobre uma série de situações que comprometem o desempenho das atividades da
Polícia Civil, detectadas em vistorias semestrais realizadas pelo MPE nas
delegacias de polícia da capital.
O primeiro inquérito tem por objetivo verificar questões
relacionadas à estrutura física, segurança, rotinas de trabalho e ao controle
de procedimentos e de bens. Isso porque, nas vistorias às delegacias, foi
verificada a falta de local adequado para guardar armas e explosivos e de local
para armazenar drogas, veículos e outros bens apreendidos. Também foi
constatada a falta de mecanismos de segurança, fato que levou duas delegacias a
sofrerem arrombamento em 2017. Ainda constataram-se falhas nos registros
relativos às investigações e às apreensões, entre outras irregularidades.
O segundo inquérito visa apurar irregularidades sobre
lotação, distribuição e déficit de servidores nas delegacias de Palmas. Será
verificada, principalmente, a disparidade na quantidade de delegados, agentes e
escrivães lotados em cada delegacia, levando-se em consideração a abrangência
populacional e a quantidade de ocorrências registradas em cada unidade. Segundo
reclamações, há maior dificuldade em lotar escrivães e agentes em delegacias
distantes do centro da cidade, justamente nas localidades onde há maior volume
de trabalho.
O terceiro inquérito civil tem por finalidade apurar
irregularidades estruturais e de pessoal nas Delegacias Especializadas no
Combate à Violência contra a Mulher (Deam) de Palmas. Segundo as informações
iniciais, a Deam do Centro é melhor estruturada que a unidade do Sul, inclusive
em termos de pessoal, apesar desta última registrar maior volume de trabalho.
Também será verificada a informação de que ambas as unidades não possuem
capacidade para realizar plantões de 24 horas e não contam com a estrutura
física necessária para o cumprimento das instruções trazidas pela Lei nº
13.505/2017, que dispõe sobre o atendimento à mulher vítima de violência.
Os inquéritos serão conduzidos pelo promotor de Justiça
Rogério Rodrigo Ferreira Mota.
Ministério Público Estadual investiga precariedade de condições de trabalho nas delegacias de polícia de Palmas
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