Elaborado pela unidade de pesquisas da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO), o estudo divulgado nesta sexta-feira, 30, aponta que 72% das indústrias tocantinenses investiram em seus negócios em 2022, sendo que 53% realizaram os investimentos como planejados e 33% parcialmente. Os maiores obstáculos ao investimento realizado no ano passado, na opinião da maioria dos entrevistados (81%), foram o aumento dos custos dos insumos e a queda das receitas.  

A maior parte do investimento feito pelas empresas tocantinenses no ano passado foi para aquisição de máquinas e equipamentos novos (71%), seguido de construção, manutenção ou modernização de instalação, com 68% das citações. 

A pesquisa revela ainda que grande parte das indústrias tocantinenses continuam dependendo de recursos próprios para investir em seus negócios. Em 2022, 57% delas utilizaram essa fonte para realizar seus investimentos.  

Em relação a 2023, os empresários (47%) mostraram-se cautelosos sobre a expectativa de investimento. Somente 33% disseram que pretendem aumentar a capacidade da linha de produção atual, 23% desejam melhorar o processo produtivo e 20% tem como objetivo investir na manutenção da capacidade produtiva.  

Quanto a fonte de financiamento pretendida, 63% dos entrevistados responderam que recorrerão aos recursos próprios. O mercado interno é o principal alvo dos investimentos planejados pelas indústrias tocantinenses em 2023.  

"A pesquisa mostra que o percentual de indústrias que investiram em 2022 ficou acima do previsto. No entanto, quase metade tiveram seus planos de investimentos frustrados, sobretudo pelo aumento dos custos dos insumos e a queda nas receitas”, avalia Gleicilene Bezerra da Cruz, técnica responsável pela pesquisa.