Sete em cada dez (72%) moradores da região Norte avaliam que os eventos climáticos extremos, como secas, inundações, tempestades e calor ou frio intensos, foram piores em 2024, sendo que 22% consideraram muito pior, de acordo com a pesquisa “A visão do Norte sobre mudanças climáticas”, feita pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados.
A percepção de que foi muito pior é mais recorrente entre quem vive em regiões metropolitanas (34%), tem renda familiar acima de 5 salários mínimos (35%) e ensino superior (31%). Apenas 19% consideraram os eventos do ano passado iguais aos anteriores, 4% melhor que o normal, 2% muito melhor que o normal e 3% não souberam ou não responderam.
Entre as mudanças notadas, 91% citaram aumento de temperatura, 76% menos chuva e 78% secas mais graves. A percepção da diminuição de chuvas chega a 81% entre os moradores de regiões metropolitanas. Já as secas mais severas alcançam 84% entre quem mora no interior.
A pesquisa da Nexus também mostra que pouco mais da metade (51%) acredita que as mudanças climáticas são um grande problema, mas não uma crise; outros 27% consideram uma crise; 10% um problema menor; 6% nenhum problema e outros 5% não souberam ou não responderam.
O entendimento de que vivemos uma crise climática é mais recorrente entre os jovens de 16 a 24 anos (41%), pessoas com ensino superior (40%), renda acima de 5 salários mínimos (44%) e moradores da região metropolitana (38%).
“A região Norte tem sofrido com secas severas e outros eventos climáticos extremos nos últimos anos e a pesquisa mostra como os moradores têm percebido essas mudanças com mais intensidade. Os dados também revelam que a população considera o problema grave e tem uma perspectiva pessimista em relação ao futuro”, afirma o CEO da Nexus, Marcelo Tokarski.
Em relação aos próximos 5 anos, 65% acham que os eventos climáticos serão mais fortes, sendo 12% “extremamente mais fortes” e 53% “muito mais fortes”. Outros 18% acreditam que serão moderados, 6% menos fortes, 2% muito menos fortes e 9% não souberam ou não responderam.
Pessoas com ensino superior (27%), renda acima de 5 salários mínimos (28%) e moradores da região metropolitana (26%) são os que mais acreditam na intensidade extrema das mudanças climáticas no futuro.
O entendimento de que o estado onde mora está passando por mudanças climáticas é quase unanimidade, com 96% das respostas. Apenas 3% negam esse cenário e 1% não soube ou não respondeu.
Metodologia
Foram entrevistadas 1.195 pessoas. A margem de erro no total da amostra em cada região é de 3,5 pp, com intervalo de confiança de 95%. As entrevistas foram realizadas entre 12 e 17 de dezembro de 2024. (FSB/AI)
