Economia
3ª edição do Empreenda Mulher aborda saúde mental e direitos das empreendedoras
Foto: Marcos Filho / Secom Araguaína
Marcos Filho / Secom Araguaína

Dentro das celebrações da Prefeitura de Araguaína no Mês da Mulher, o encontro “Empreenda Mulher – Entre Elas”, promovido pela Sala do Empreendedor da Secretaria Municipal da Fazenda, reuniu mais de 100 empreendedoras e convidadas para uma tarde dedicada à saúde mental, autoimagem e defesa dos direitos das mulheres, no último sábado, dia 22, no auditório do Sebrae Tocantins.

A terceira edição do evento propôs uma abordagem para que as mulheres trabalhassem o empreendedorismo de dentro para fora. Liliane Milhomens, coordenadora da Sala do Empreendedor, contou que a temática da saúde mental está presente na vida das empreendedoras, principalmente nos atendimentos diários.

“Acreditamos que o empreendedorismo feminino tem muitas vertentes e a saúde mental é a principal. Por isso, em todos os nossos eventos, nós focamos sempre no empreendedorismo, na saúde mental e no autocuidado da mulher.  Desde a nossa primeira edição, nós sentimos a necessidade de falar sobre essa temática, porque as mulheres tocam muito neste assunto, é uma demanda que recebemos quase todos os dias”, disse Liliane.

Iniciado em setembro de 2024, o Empreenda Mulher trouxe em sua primeira edição histórias de superação de mulheres que saíram de situações de vulnerabilidade e mudaram suas vidas com o empreendedorismo. No segundo encontro, a temática foi o autocuidado com foco na automaquiagem para o mercado de trabalho.

Foto: Marcos Filho / Secom Araguaína

Saúde, direitos e autoimagem

A psicóloga e Primeira-Dama, Ana Paula Lopes, foi uma das palestrantes do evento e abordou a rotina das empreendedoras, no trabalho e em casa, falando da necessidade de buscar o equilíbrio.

“Cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física. Sem a saúde mental não conseguimos lidar com nossas demandas diárias, os desafios, manter relacionamentos saudáveis. Quando cuidamos da nossa mente, das nossas emoções, ficamos mais preparadas para lidar com praticamente tudo. Uma empreendedora, por exemplo, passa por diversos altos e baixos, mas com a saúde mental sendo cuidada, é possível conduzir tudo de forma mais equilibrada”, compartilhou Ana Paula.

A titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Araguaína, Sarah Lílian, deu seguimento ao ciclo de palestras, falando do impacto da mulher no meio social e da garantia dos seus direitos. Já Débora de Lima, cerimonialista, gestora de turismo e empreendedora há mais de 30 anos, encerrou o evento compartilhando com as convidadas noções de imagem pessoal e a postura, fatores que influenciam diretamente na autoestima e na motivação para empreender e ir além.

“É fundamental a mulher cultivar uma imagem focada no objetivo, com intencionalidade para fazer com que ela alcance seus maiores sonhos. O cuidado com a autoimagem abre portas e deixa elas abertas, bem como o posicionamento, o comportamento e a postura adequada. É a imagem associada aos objetivos. Nós sempre queremos estar perto de pessoas agradáveis e educadas, por isso é importante sermos essas pessoas”, pontuou Débora.

Refletir sobre as rotinas

A contadora Neide Nepomuceno acompanhou todas as palestras e lembrou que toda mulher tem uma amiga ou conhecida que passou por uma situação de sobrecarga de trabalho e responsabilidades familiares, e que chegaram ao extremo do próprio corpo pedir para reduzir o ritmo. Por isso, para ela, a abordagem do cuidado com a mulher é tão fundamental.

“Olhar para dentro e cuidar do lado de fora são importantíssimos para a mulher, principalmente por causa da sobrecarga que ‘adotamos’ ao longo do tempo. A gente virou quase uma Mulher Maravilha. Isso durante um tempo foi um ganho, mas chega uma hora que precisamos refletir sobre isso. Então esses eventos sempre chegam em boa hora, porque é um momento para pararmos e avaliarmos nossa saúde mental, nosso autocuidado”, disse a contadora.

O mesmo pensamento tem a empresária Mônica Daniela de Sousa Bezerra, que reforçou a necessidade de reduzir o ritmo da rotina quando o corpo dá sinais.

“Estar bem consigo mesma impacta 100% no dia da mulher. É preciso estar em equilíbrio para atender bem um cliente, lidar bem com fornecedores, desenvolver seus projetos. Mas isso não significa que todos os dias a mulher precisa estar bem. Neste dia em que você estiver mais cansada, mais triste, se aceite, se acolha, se dê esse direito. Reconheça os sinais do seu corpo e busque outras atividades que te relaxem, um passeio, um sorvete com uma amiga. A gente não precisa ser forte o tempo, desempenhar nossos papéis na sociedade, mas também podemos e devemos ter o nosso momento mulher com nossa família e amigos”, ressaltou Mônica

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